Tratamento de Térmitas com Iscos
TÉRMITAS SUBTERRÂNEAS
Sendo a norma no Território Continental, a Térmita Subterrânea Reticulitermes grassei está distribuída por todo o País. Normalmente as Térmitas vivem no solo (nos Ninhos) e a colónia é composta por centenas de milhares de indivíduos, que podem fazer uma quantidade substancial de danos num período relativamente curto de tempo. A partir dos Ninhos no solo viajam para as construções através de túneis neles escavados. Para acesso às habitações fazem tubos de lama (uma estrada coberta protegida contra a desidratação e predadores) e deslocam-se também pelo interior das paredes, sendo muitas vezes invisíveis ao proprietário, que desconhece a sua existência.
Na primavera entram na fase alada e a casta reprodutora ganha asas, confundindo-se por vezes com outros insectos.
ISCOS PARA TÉRMITAS
Técnica com mais de 20 anos de existência, com crescente popularidade mundial, consiste no Tratamento da Infestação por Térmitas através da instalação de estações (armadilhas) estrategicamente colocadas no perímetro do edifício a proteger, bem como em vestígios da passagem das térmitas subterrâneas.
O princípio do tratamento das térmitas é poder conectar-se com a colónia atual através das operárias e intoxicar gradualmente toda a colónia. Trata-se dum processo lento (12 a 18 meses) e é uma abordagem que requer monitorização do local durante vários meses por empresa especializada.
As Térmitas são estrategicamente alimentadas por um Termiticida com uma matéria ativa cujo mecanismo de ação se baseia no bloqueio da produção de quitina, molécula essencial na formação do esqueleto externo ou exoesqueleto dos insectos, levando à sua progressiva extinção.
VANTAGENS E LIMITAÇÕES
Este sistema de Tratamento de Térmitas tem as seguintes vantagens:
- Obriga a efectuar uma avaliação do Imóvel, diversas patologias, dando origem a um relatório de melhoria geral do edificado;
- Atua sobre toda a colónia e não apenas sobre os indivíduos que ingerem o Termiticida;
- Protocolo de instalação na maioria das vezes muito pouco intrusivo, não interferindo com a normal utilização dos edifício, nem obrigando à execução de obra no mesmo;
- Permite uma adaptação ao Imóvel em concreto, se instalado por Empresas especialistas.
É um sistema curativo eficaz, mas lento, obrigando a que o principio ativo seja distribuído por toda a colónia. Não é um sistema preventivo, obrigando a melhorias subsequentes no Imóvel ou a um processo de monitorização contínuo, de forma a garantir a ausência de infestações futuras.
PROTOCOLO DE ATUACÃO
O sistema de tratamento curativo das Térmitas que infestam a Construção, através dum sistema de Iscos, baseia os seus resultados no conhecimento do comportamento das térmitas, do meio onde atuam, do uso de um isco de excelente palatabilidade e de um princípio ativo eficaz para o controlo de térmitas. O sistema propõe um processo de atuação que estabelece várias fases de atuação.
1 O ESTUDO
Em primeiro lugar deverá realizar-se um estudo onde, para além de identificar os danos do edifício afetado, se deverá ter em conta as características ambientais e urbanísticas do ambiente ao redor, os valores como a humidade e temperatura, assim como a presença de materiais de base celulósica, analisando os fatores que proporcionaram o ataque das térmitas, sempre com a finalidade de estabelecer um critério para a instalação das estações e iscos.
Esta fase é fundamental para atingir o êxito, sendo absolutamente necessário a sua realização por Empresas especialistas e adequadamente equipadas. Uma vez realizado o estudo são estabelecidos os parâmetros de atuação.
2 A INSTALAÇÃO
Pode realizar-se em qualquer período do ano, ainda que para obter resultados mais rápidos é aconselhável que seja realizada durante a Primavera, período em que a térmita apresenta uma maior atividade.
O tratamento será efectuado através da colocação de Estações em pontos criteriosamente seleccionados. As Estação no seu interior incorporam um porta atrativo de plástico translúcido recarregável com madeira, celulose ou com matéria ativa.
No interior da estação será aplicado um tester de madeira e/ ou celulose e posteriormente adicionado um substrato biocida, que será renovado até à extinção das Térmitas. As Estações serão revistas regularmente de acordo com o planeamento efectuado para o Edifício.
As estações são colocadas no Exterior e/ou Interior do Edifício com um mínimo de actividades intrusivas relativamente ao espaço. O tratamento não interfere com a utilização normal do local.
3 O CONTROLO
Uma vez estabelecido contato com a colónia, inicia-se a fase de Controlo. As estações e zonas críticas serão revistas periodicamente, sendo alimentadas com o substrato Biocida até se obter a eliminação da colónia.
Segue-se uma fase de vigilância que permite prevenir reinfestações. No final existirá a possibilidade de estender a fase de vigilância ou em alternativa será efectuada a remoção das estações.
Todo o trabalho será executado por profissionais especializados.