INFESTAÇÃO POR TÉRMITAS NA ANTIGA SEDE DA CRUZ VERMELHA EM BRAGA
A antiga sede da Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) na Avenida 31 de Janeiro sofreu um ataque de térmitas, em 2019, o que levou à total reconstrução do edifício, e consequentemente, à mudança para um novo local.
A antiga sede da Delegação de Braga da CVP era um edifício do início do século XX, em que não oferecia todas as condições de salubridade e de segurança para a prática do apoio aos utentes e público.
“A nossa sede não oferecia condições de segurança” afiança David Rodrigues, Adjunto Executivo da Delegação de Braga. Para além disso, “ [a sede] estava a exigir cada vez mais dinheiro para a manutenção, retirando dinheiro da actividade humanitária para obras de manutenção que não resolviam o problema de fundo”.
Até que surgiu o problema das térmitas. Estes insectos invertebrados organizam-se em colónias subterrâneas (2 a 4 metros de profundidade), alimentando-se de celulose (madeira, papel, cartão) e contêm uma grande capacidade de destruição. Em virtude da procura de alimento, as térmitas usam «tubos de lama» pelo exterior ou deslocam-se pelo interior das paredes/muros.
No que tange à problemática das térmitas, o silêncio da devastação é a principal característica, sendo o único momento visível do problema o período do enxameamento, quando as térmitas reprodutoras saem para criar outras novas colónias.
A percepção, para além do enxameamento, foi nos vestígios deixados pelas térmitas. “A verdade é que na mesma sala nobre existiam uns aros de madeira ao redor da janela que foram completamente comidos, pressionava-se o dedo contra o aro e o dedo perfurava o mesmo, estava oco. Depois disso, começou a alastrar para outros locais, sendo que em vários sítios, a madeira começou a ruir” afirma David Rodrigues.
Todavia, no seio da organização não existia a noção completa da gravidade da situação, que no máximo poderia levar ao colapso de todo o edifício. No entender de David Rodrigues, “as térmitas estavam a consumir a estrutura da sede construída em tabique. Sendo quase todo o edifício em madeira, nós tínhamos uma bomba-relógio nas mãos”.
Termidor como ferramenta para erradicar as térmitas
O extermínio das térmitas no local é essencial para que a situação não volte a surgir, sendo a utilização do Termidor® como barreira química determinante para solucionar a situação. Este produto é constituído por Fipronil e ataca o sistema nervoso das térmitas quando ingerido pelas mesmas, ou através de contaminação quando entram em contacto umas com as outras. Apesar disso, a nocividade para os humanos é bastante reduzida.
Nas paredes que ficaram intactas, foi executada uma barreira de perfuração de 20 em 20 centímetros para a injecção do Termidor® nas paredes. Após a injecção, o produto alastra-se por toda a parede/muro, tornando o Termidor® mais eficiente.
Com este tratamento, toda a edificação fica protegida das térmitas, tendo uma duração de, no mínimo, cinco anos. Para além do Termidor®, foi usado o Termifilm®, uma barreira física colocada no início da empreitada ou da reconstrução, para, desse modo, não permitir a penetração das térmitas dentro do edifício, constituindo em simultâneo uma barreira contra a humidade.
Após inseridas estas duas técnicas na reconstrução da sede da Delegação de Braga, David Rodrigues assenta que estão “muito bem aconselhados, [a Pluggo®] é alguém que percebe do problema. Para nós, foi bastante tranquilizador. Até agora estamos muito satisfeitos com o trabalho, com os conselhos e com o profissionalismo que sentimos da empresa”.